Há décadas que somos influenciados pela cultura ocidental, mais especificamente a norte-americana e seu estilo de vida (ou consumo) através de milhares de filmes que anualmente são despejados por sua indústria.
Apesar de cultuado, o cinema europeu não se iguala ao poderio dos norte americanos neste segmento, porém não deixam de tentar. Ingleses e anceses lideram esta frente de batalha e mais recentemente temos vistos iniciativas oriundas da Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca e até da Rússia, que vencem as fortes barreiras americanas, instaladas para exibição de seus blockbusters ou melosas e irritantes comédias românticas.
Na América Latina surpreendentemente temos nossos hermanos argentinos como bons produtores e que estão se destacando por produções inteligentes e interessantes, perseguidos com pouca força pelos brasileiros, que ainda não encontraram um nicho para investirem com solidez.
Nos últimos anos tenho visto (boas) produções oriundas do Vietnam, China, Coréia, Australia e de tantos outros países chegarem ao mercado ocidental. A surpresa desta semana foi ver um blockbuster produzido em Doha - capital do pequeno e desértico Qatar -, apresentar o ponto de vista dos árabes acerca de seu principal produto, o petróleo. O filme, O Principe do Deserto, tem como protagonista principal o espanhol Antonio Banderas.
Apresentado como ameaça e benção ao mesmo tempo, o líquido negro é disputado e abominado por duas cidades vizinhas, cujos reis mantém uma paz de conveniência. A produção é co-assinada por um Instituto de Cinema de Doha e não deixa em nada a dever a qualquer produção mundial. O novo no caso, são os árabes conseguirem expor suas visões, cultura e religião para o grande público, acostumado a ver por exemplo (e sem saber por vezes), produções dos evangélicos do sul dos EUA.
Retratados na telona invariavelmente como extremistas, terroristas ou fanáticos relígiosos, o filme apresenta um lado suave do Islã, onde sua cultura permite (ou não) que do avanço derivado dos petrodólares, surjam escolas, hospitais ou um instituto de cinema, sendo o próprio filme, talvez, um exemplo.
Com estudos onde se mostram que o declínio e o esgotamento do uso do petróleo como combustível pelo planeta está em marcha, países que possuem suas economias puramente baseadas no chamado ouro negro, buscam alternativas para quando este período de vacas magras chegar, com iniciativas em portos e logística, investimentos em clubes de futebol e principalmente em turismo. Investimentos em cinema talvez seja uma nova frente aberta pelos endinheirados sheikes.
Talvez o filme seja mais para consumo interno dos árabes seguidores do Islã do que para o ocidente. Em todo caso a vale a pena acompanhar esta nova rota do tapete vermelho.
Falei.Nos últimos anos tenho visto (boas) produções oriundas do Vietnam, China, Coréia, Australia e de tantos outros países chegarem ao mercado ocidental. A surpresa desta semana foi ver um blockbuster produzido em Doha - capital do pequeno e desértico Qatar -, apresentar o ponto de vista dos árabes acerca de seu principal produto, o petróleo. O filme, O Principe do Deserto, tem como protagonista principal o espanhol Antonio Banderas.
Apresentado como ameaça e benção ao mesmo tempo, o líquido negro é disputado e abominado por duas cidades vizinhas, cujos reis mantém uma paz de conveniência. A produção é co-assinada por um Instituto de Cinema de Doha e não deixa em nada a dever a qualquer produção mundial. O novo no caso, são os árabes conseguirem expor suas visões, cultura e religião para o grande público, acostumado a ver por exemplo (e sem saber por vezes), produções dos evangélicos do sul dos EUA.
Retratados na telona invariavelmente como extremistas, terroristas ou fanáticos relígiosos, o filme apresenta um lado suave do Islã, onde sua cultura permite (ou não) que do avanço derivado dos petrodólares, surjam escolas, hospitais ou um instituto de cinema, sendo o próprio filme, talvez, um exemplo.
Com estudos onde se mostram que o declínio e o esgotamento do uso do petróleo como combustível pelo planeta está em marcha, países que possuem suas economias puramente baseadas no chamado ouro negro, buscam alternativas para quando este período de vacas magras chegar, com iniciativas em portos e logística, investimentos em clubes de futebol e principalmente em turismo. Investimentos em cinema talvez seja uma nova frente aberta pelos endinheirados sheikes.
Talvez o filme seja mais para consumo interno dos árabes seguidores do Islã do que para o ocidente. Em todo caso a vale a pena acompanhar esta nova rota do tapete vermelho.