O que fazer quando sua empresa vai mal de imagem ? O que fazer quando sua empresa vai mal de imagem e é responsável pelas informações e imagens que chegam a milhões de residências em um país ?
Este é o caso da Rede Globo, um mega conglomerado de mídia, com rádios, tvs, jornal, Internet que ultrapassa os limites de um cartel, e alimentou-se de uma ditadura militar para chegar a um propalado "Padrão Globo" de comunicação, na qual aliena milhões de telespectadores diariamente.

Suas afiliadas (franquias) pelo país, são de propriedade de senadores, deputados, governadores, prefeitos, etc.. o que lhe garante uma cobertura política quase intransponível. Na atualidade, o presidente da Câmara é dono da franquia Globo em seu estado, igualmente como o ex-presidente do Senado, José Sarney.
Acusada constantemente de ter sido colaboracionista e aproveitacionista da ditadura militar que administrou o país, a Globo do topo de sua privilegiada situação, ignora tais acusações, e navegava em vôo de cruzeiro até as recentes ondas de protestos que varrem o país.
A emissora é vista como oposicionista ao governo federal, administrada pelo Partido dos Trabalhadores, ao mesmo tempo em que quase descaradamente é partidária do PSDB, cedendo espaço além do normal em seu jornalismo ao ex-presidente FHC, ao eterno candidato a presidente José Serra e ao possível novo candidato do partido paulista, o senador Aécio Neves.
Por mais que toda uma imprensa tente esconder que os protestos também são voltados para atuação da emissora, apesar dos inúmeros cartazes exibidos, a verdade é que nas ruas seus repórteres são expulsos, carros da emissora são depredados e na noite desta quarta-feira até um prédio da emissora em um bairro do Rio de Janeiro foi atacado pelos manifestantes, principalmente por seu negado mas inconfesso partidarismo.
Para noticiar os protestos, a poderosa emissora tem que agir na clandestinidade. Escalar repórteres menos conhecidos, não utilizar o símbolo da empresa em microfones ou câmaras, fazer filmagens de cima de prédios (públicos e privados) ou helicópteros e deixar seus carros bem longe das manifestações.

Como sua cobertura atinge mais de 90% da população (um absurdo em se tratando de democratização da mídia), as informações sobre os crimes da imprensa brasileira não chegavam aos cidadãos. Porém com a viralidade das redes socias, o jogo está mudando, e a mídia tradicional - concentrada nas mãos de poucas famílias - tem-se visto em apuros com a velocidade e o alcance das redes digitais.

Não queria estar na pele de seus diretores ou marqueteiros, que devem procurar saídas para que a imagem do grupo de comunicação não vá pelo ralo, junto com os milhões em publicidade de seus anunciantes, que não devem estar nada felizes com o escancaramento das vísceras de uma das maiores e mais antipáticas empresas de imprensa do país.
Falei.
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