quinta-feira, 18 de julho de 2013

Globo na mira dos protestos e da população

  
 
O que fazer quando sua empresa vai mal de imagem ? O que fazer quando sua empresa vai mal de imagem e é responsável pelas informações e imagens que chegam a milhões de residências em um país ?
   
Este é o caso da Rede Globo, um mega conglomerado de mídia, com rádios, tvs, jornal, Internet que ultrapassa os limites de um cartel, e alimentou-se de uma ditadura militar para chegar a um propalado "Padrão Globo" de comunicação, na qual aliena milhões de telespectadores diariamente.
  
A Rede Globo no Brasil chega a colocar o quarto poder como o mais poderoso que os demais, estabelecendo pautas no Executivo, Legislativo e Judiciário, que se volta e meia se ajoelham perante seu poder midiático. Como exemplo prático e real, foi a emissora capaz de eleger um presidente e o tirá-lo do poder, quando bem lhe deu na telha.
    
Suas afiliadas (franquias) pelo país, são de propriedade de senadores, deputados, governadores, prefeitos, etc.. o que lhe garante uma cobertura política quase intransponível. Na atualidade, o presidente da Câmara é dono da franquia Globo em seu estado, igualmente como o ex-presidente do Senado, José Sarney.
       
Acusada constantemente de ter sido colaboracionista e aproveitacionista da ditadura militar que administrou o país, a Globo do topo de sua privilegiada situação, ignora tais acusações, e navegava em vôo de cruzeiro até as recentes ondas de protestos que varrem o país.
   
A emissora é vista como oposicionista ao governo federal, administrada pelo Partido dos Trabalhadores, ao mesmo tempo em que quase descaradamente é partidária do PSDB, cedendo espaço além do normal em seu jornalismo ao ex-presidente FHC, ao eterno candidato a presidente José Serra e ao possível novo candidato do partido paulista, o senador Aécio Neves.
   
Por mais que toda uma imprensa tente esconder que os protestos também são voltados para atuação da emissora, apesar dos inúmeros cartazes exibidos, a verdade é que nas ruas seus repórteres são expulsos, carros da emissora são depredados e na noite desta quarta-feira até um prédio da emissora em um bairro do Rio de Janeiro foi atacado pelos manifestantes, principalmente por seu negado mas inconfesso partidarismo.
  
Para noticiar os protestos, a poderosa emissora tem que agir na clandestinidade. Escalar repórteres menos conhecidos, não utilizar o símbolo da empresa em microfones ou câmaras, fazer filmagens de cima de prédios (públicos e privados) ou helicópteros e deixar seus carros bem longe das manifestações.
 
Ao mesmo tempo em que seu jornalismo denuncia atos de corrupção - curiosamente apenas em administrações contrários à orientação partidária da direção da emissora -, ela se vê neste momento denunciada e investigada pelo Ministério Público por conta de um escandaloso e imenso caso de sonegação fiscal, com valores que chegam a 650 milhões de reais, o qual ela ainda não soube explicar.
 
Como sua cobertura atinge mais de 90% da população (um absurdo em se tratando de democratização da mídia), as informações sobre os crimes da imprensa brasileira não chegavam aos cidadãos. Porém com a viralidade das redes socias, o jogo está mudando, e a mídia tradicional - concentrada nas mãos de poucas famílias - tem-se visto em apuros com a velocidade e o alcance das redes digitais.
   
Qual a saída para a Rede Globo ? Mudar de nome ? Mudar de país ? Mudar sua postura anti-população e começar a fazer imprensa apartidária e ética ?

Não queria estar na pele de seus diretores ou marqueteiros, que devem procurar saídas para que a imagem do grupo de comunicação não vá pelo ralo, junto com os milhões em publicidade de seus anunciantes, que não devem estar nada felizes com o escancaramento das vísceras de uma das maiores e mais antipáticas empresas de imprensa do país.
  
Falei.

 

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