sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tateando no escuro

É assim que vejo os políticos, de modo geral no mundo digital. Caminhando às cegas. Pude nestas últimas semanas fazer pesquisas e verificar a quantas andam a interação dos políticos com os navegagores-eleitores.

A grande maioria não possui sequer um site na rede Internet. Os vereadores que possuem contam-se nos dedos. Os governadores, senadores, deputados federais e estaduais só agora é que se mobilizaram para estabelecer seus pontos de presença na rede. Ainda assim nem todos. Muito menos um simples blog para expor suas idéias e ao menos uma foto e um email de contato. Deprezam assim um público formador de opinião, que munido ainda de um lento avanço na banda larga no país, é ávido por informação.

Quem dentre nós pode dizer o que seus representantes nas casas legislativas e executivas pensam e executam, tirando por uns poucos que se dignam a por exemplo, ouvir pelo rádio a Voz do Brasil ? Não havia interatividade, mesmo com os sites e blogs na Internet, existindo há vários anos.

Com o advento do microblog Twitter, é que pudemos há pouco mais de um ano, conhecer de perto algumas das idéias e posicionamentos de nossos políticos. Aqueles que tiveram coragem e capacidade para enfrentar cara-a-cara os internautas. Dentro de nosso imenso universo de políticos, estarei chutando por alto, se trezentos políticos relevantes estiverem presentes no Twitter. Afora que alguns entraram e tiveram que sair corridos, ante inacreditáveis asneiras ditas.

A maioria dos governadores estão no Twitter, ainda que sendo transcritos por assessores bem pagos. Uns poucos senadores, um punhado de deputados federais, e uma ínfima parte de deputados estaduais estão por lá. Prefeitos e vereadores é que não querem mesmo saber da interatividade da ferramenta, visto o estrago que esta possa causar em suas carreiras.

Pouquíssimos sites e blogs foram criados, mesmo pela maiores autoridades. Não sabe-se se, por causa da falta de conteúdo, de iniciativa para tal ou por não saber perceberem a grandiosa possibilidade de interação e repasse de informações ao eleitorado, infinitamente mais importante quanto prometer mundos e fundos durante alguns meses de campanha.

É neste ponto que alerto aos srs. políticos - aqueles que chegaram até aqui na leitura deste texto. Antes de se aventurarem apenas por modismo, ou uma suposta necessidade na rede Internet, avaliem a forma e que conteúdo disponibilizarão para nós, eleitores.

Posso citar bons exemplos de interatividade, o Senador Cristovão Buarque, bem como a governadora Ana Júlia, o deputado estadual Arnaldo Jordy e o agora candidato José Serra, que há muitos meses estão com blogs ou Twitter, e com eles souberam expor suas idéias, repassar informações importantes e não perderem a cabeça com ataques de pessoas mal educadas ou com interesses contrários, arregimentando leitores e quicá novos admiradores.

Por mais que o político ou o candidato esbanje simpatia, é de bom tom que haja um planejamento, mesmo que mínimo, da participação deste na rede Internet, para que as ferramentas não sejam utilizadas apenas superficiamente, mas como devem ser, informando e alimentando uma legião de jornalistas, eleitores, correligionários e a nova geração que cresce, já de olho no monitor.

Falei.

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