Em um planeta cada vez mais conectado e globalizado, em que governos começam a se unirem em blocos econômicos e políticos, em busca de ações conjuntas em prol de um bem comum, uma discussão deveria ser levada a sério, em minha simbólica opinião: devemos aumentar o controlar da fabricação de armas de fogo.
Estima-se que no Brasil estejam em circulação cerca de 18 milhões de armas de fogo. Estão na mão de militares, policiais, seguranças privados, donos de casa, traficantes, assaltantes. Ou seja, de todo mundo, mesmo com as recentes leis do país, que proibiu o porte para o cidadão comum. E que é correta. A nossa segurança é um dever do Estado, determinado pela constituição. Elegemos pessoas para isto.
Mas na prática, o Estado mal e porcamente mantém nossas fronteiras. Não tenho 500 anos de idade para afirmar com certeza de que nunca estivemos tão em risco em nossas ruas e casas. Somos alvos fáceis de maus agentes da lei, bandidos comuns, digitais, traficants, máfias e políticos corruptos.
Novamente por uma falha do Estado, que negligenciou uma geração de jovens, temos hordas de adolescentes infratores em todos os níveis na criminalidade, agindo por conta própria ou utilizados por meliantes de maior idade. Pois de acordo com o Estatudo da Criança e do Adolecentes, menores de 18 anos são inimputáveis criminalmente. Sem as políticas públicas necessárias, isso se tornou um paraíso para o crime. Porém, esse ponto deve ser foco de um outro post, em breve.
Acredito que para o Estado manter um nível mínimo de controle das armas circulantes, em primeiro lugar deve controlar sua fabricação, que hoje encontra-se nas mãos da iniciativa privada ou de estatais mistas. É um assunto delicado, pois envolve trilhões de dólares no mundo inteiro e chega a ser algo cultural, como dos norte-americanos, em ter armas. É para eles um hobby como para nós é o futebol, a ponto de ter entidades defensoras do direito do americano se armar, com congressistas eleitos. Fala-se em 150 milhões de armas nas mãos da população daquele país.
O comércio ilegal de armas no mundo, o qual também abastece o Brasil, movimenta igualmente somas absurdas de valores, contando com a passividade de governos, no intuito de "fortalecimento de suas indústrias". Indústrias da morte. Basta ver o arsenal que é apreendido pelas polícias dos Estados. É uma babel de armas, oriundas dos mais diversos paises.
O ponto que queria chegar é este: quantas gerações de humanos ainda vão morrer em nossas ruas, vitimadas por armas de fogo até que por exemplo, uma ONU, inicie uma campanha mundial de banimento ou minimamente controle de armas ? Que militares e policiais de todos os países ainda ostentem armas de fogo, mas que estas sejam apenas produzidas por indútrias estatais, sob rígido controle, para que não aconteça o que presenciamos nos dias atuais: a banalização no acesso às armas. É impossível conceber que uma indústria tão sensível esteja sob controle privado e que vise tão somente e apenas o lucro, sem levar em conta a tragédia das armas em nosso dia-a-dia.
Acredito que chegamos a um nível de conscientização e humanização, em que ações neste sentido devem ser levadas em discussão em nível global. Pois não é uma desgraça apenas brasileira. Longe de ser.
Falei.
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